segunda-feira, 8 de setembro de 2008
ESCURIDÃO E ESTRANHAMENTO
...
Escuridão e estranhamento...
Aceleração e descontentamento...
Medo...
Vista turvada...
Escuridão e estranhamento...
Formigamento...
Mao que sua...
Corpo que se abala... que me abala... me avacalha...
Me escondo em mim mesma, mas é em vão...
De repente um silencio, como um assobio fúnebre, vai minando...
Toda a possibilidade do obvio.
Que outrora existia em mim mesma.
Agora eu não sou mais porto, nem tão pouco seguro...
Só restou um casco assustado...
Escuridão e estranhamento...
Cornetas chamando na janela.
Gente que grita em duas cores...
Mas que não soam como balas.
Num giratório de horror
Mastigo o fel da minha própria dor...
Escuridão e estranhamento...
Estranhamento e escuridão...
É isso...
(Praia da Barra da Tijuca)
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